segunda-feira, 17 de outubro de 2011

"Esconde-te, meu amor. Atrás das portas, debaixo do piso frio, dentro das paredes e nos rabiscos dos quadros. Esconde-te, meu amor. Esconde-te de mim para permaneceres de alma na ausência do corpo. Encosta na parede e me observa, com seu olhar sonolento e presunçoso, fazer café do jeito que gosta, mesmo sabendo que não estás para tomar. Sinto tua presença e viro para trás desconfiada, encontrando nada além de uma parede vazia com rastro de algo indefinível que lhe pertencia. Senta ao meu lado e tocas minha mão enquanto estou em nossa antiga cadeira colorida lendo um de meus contos favoritos. Seu afago arrepia meus dedos frios, e triplica minha vontade de lhe ter ao meu lado para ler todos os contos que os autores publicarem. Esconde-te, meu amor, esconde-te de mim para surpreender-me em cada canto desta casa vazia, dando a cada dia uma nova alegria, aumentando a ânsia de te ver cruzar os portões e jamais precisar se esconder novamente." —
"As vezes não é amor, as vezes é a vontade de amar que transforma paixão em amor." 


Eu vou - aos tropeços e arranhões - seguindo assim, quieta, temerosa, desastrada, tua…
"Escrevi nos ombros o nome que tira meu peso e me faz flutuar até as nuvens só para rabiscar no céu azul todos os sonhos de meu coração de menina. Desenhei no rosto a digital da carícia doce como a seda que marca minha pele como brasa. Marquei no corpo o contorno do abraço que me aquieta a alma e acelera o pulso, em minha doce ânsia de querer me fundir naquele corpo até nos tornarmos uma pessoa só. Tatuei na pele o que jamais sairá do coração." — 
"Tem gente fazendo do coração festa de carnaval. Entra, faz folia, e vai embora. Deixa a bagunça, a lembrança. Dá nó dentro do peito que leva meses para se desfazer." —
  Olhar teu retrato na cabeceira de minha cama transporta-me para os mundos em que visitava quando sentia-te por perto. Arrepiou-me a nuca relembrar teu toque, leve como pétala de rosa, porém firme, como se, mesmo ao me ter nas mãos, quiseste confirmar essa proeza de fazer-me entregar-me à ti de corpo e alma. Passeava pela via láctea ao te sentir, flutuava entre os planetas. As estrelas nos viam e sorriam com o olhar que fazem ao notarem casais apaixonados escreverem seus poemas de amor através de olhares e afagos. Inconscientemente peguei-me tocando seu rosto na fotografia. Sorrias, verdadeiramente sorrias. Seu olhar era leve como pluma apesar do cenho franzido. Usavas teu jeito despojado que tanto me atraiu quando o conheci naquele lugar repleto de almas vazias. Conheci ou reconheci? Indago sobre isso sempre que recordo de nós dois. Foste desenhado milimetricamente com aquilo que minha alma tanto pedia. Tinha o cheiro exato que me atraía e beijo incapaz de saciar minha fome de você. Sentia que viveria mil vidas ao teu lado, e jamais seria suficiente.Segurei firme o retrato entre os dedos e dei-lhe um beijo demorado onde era tua testa. Me agradava imensamente quando me fazias isso, talvez, até mais que beijos ardentes. Era a forma muda de dizer que era além de desejo. Havia respeito ali, no espaço entre seus lábios e minha pele. Respeito talhado apenas no coração dos eternos apaixonados. Imaginava você, mesmo de longe, sentindo meu carinho e levando a mão à testa, abrindo seu sorriso bobo que me faz imaginar que entendes e sentes tudo exatamente como eu. Estávamos entrelaçados pela alma.Levei a fotografia em direção ao coração, lugar teu por direito e conquista. E sorri. Simplesmente sorri. Por você, por mim. Por essa paixão genuína capaz de me fazer pensar em tantas coisas boas. Em meio às horas, me agradava pensar que, aonde quer que estejas, teu pensamento me desenha, assim devagarinho, sem pressa e com falta, e pensa ao olhar-se no espelho enxergando-me através de ti: Quero-te bem. Faço esse pequeno ritual de saudade quando ameaça doer demais. Olho-me no espelho observando sua sombra, o pedaço teu que ficou em mim, e sussurro à você que te quero muito. Te quero, muito. Te quero bem.Gabriela Santarosa  Olhar teu retrato na cabeceira de minha cama transporta-me para os mundos em que visitava quando sentia-te por perto. Arrepiou-me a nuca relembrar teu toque, leve como pétala de rosa, porém firme, como se, mesmo ao me ter nas mãos, quiseste confirmar essa proeza de fazer-me entregar-me à ti de corpo e alma. Passeava pela via láctea ao te sentir, flutuava entre os planetas. As estrelas nos viam e sorriam com o olhar que fazem ao notarem casais apaixonados escreverem seus poemas de amor através de olhares e afagos. Inconscientemente peguei-me tocando seu rosto na fotografia. Sorrias, verdadeiramente sorrias. Seu olhar era leve como pluma apesar do cenho franzido. Usavas teu jeito despojado que tanto me atraiu quando o conheci naquele lugar repleto de almas vazias. Conheci ou reconheci? Indago sobre isso sempre que recordo de nós dois. Foste desenhado milimetricamente com aquilo que minha alma tanto pedia. Tinha o cheiro exato que me atraía e beijo incapaz de saciar minha fome de você. Sentia que viveria mil vidas ao teu lado, e jamais seria suficiente.

Segurei firme o retrato entre os dedos e dei-lhe um beijo demorado onde era tua testa. Me agradava imensamente quando me fazias isso, talvez, até mais que beijos ardentes. Era a forma muda de dizer que era além de desejo. Havia respeito ali, no espaço entre seus lábios e minha pele. Respeito talhado apenas no coração dos eternos apaixonados. Imaginava você, mesmo de longe, sentindo meu carinho e levando a mão à testa, abrindo seu sorriso bobo que me faz imaginar que entendes e sentes tudo exatamente como eu. Estávamos entrelaçados pela alma.
Levei a fotografia em direção ao coração, lugar teu por direito e conquista. E sorri. Simplesmente sorri. Por você, por mim. Por essa paixão genuína capaz de me fazer pensar em tantas coisas boas. Em meio às horas, me agradava pensar que, aonde quer que estejas, teu pensamento me desenha, assim devagarinho, sem pressa e com falta, e pensa ao olhar-se no espelho enxergando-me através de ti: Quero-te bem. Faço esse pequeno ritual de saudade quando ameaça doer demais. Olho-me no espelho observando sua sombra, o pedaço teu que ficou em mim, e sussurro à você que te quero muito. Te quero, muito. Te quero bem.

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