Não quero que me prendas, assim como  não desejo amarrar-te; amor não se resume a grilhões, ciúmes e  restrições. Amar não é virar um só corpo, um só coração, tampouco  concordarem sempre. Amar não é o tempo todo e nem igual em todos os  momentos; o amor oscila entre positivo e negativo, sorrisos e lágrimas,  certezas e dúvidas, compreensões e dúvidas, beijos e chutes.
Para mim, amar é compartilhar sua liberdade e sua vida, porém sem comprometê-los; é ser sincero ao dizer ‘
te amo’  e também ao assumir que, às vezes, deseja a ausência e a distância para  ver que, sem o outro, a vida continuar, ainda que o sem o mesmo leve  ritmo.
                                                                                                                                              “ Eu sei, é lindo. Mas  logo em seguida, quando penso em quão longe você está sinto-me  despedaçar por inteiro. Sabe a sensação de arrancar um doce de uma  criança? Pois é, sou essa criança. E dói. Uma dor que único remédio é a  sua presença. Então sigo assim, penso em você, sorrio, sofro e rezo,  peço pra Deus cuidar da gente, amenizar essa dor e trazer logo a minha  cura.                           
                                                                                                         
                                                                                           Aquela sensação permanente, incômoda e torturante que te falta algo;  algo que você perdeu, algo que você nunca achou, algo que você nem sabe o  que é, algo que nem existe. De nada adianta procurar em seu coração,  sua mente, seus sonhos, seus recantos mais desconhecidos  e inalcançáveis. De nada adianta procurar fora, nas ruas, nas esquinas  comuns, nas pessoas, no céu, no inexistente. Foi-se algo com o vento,  algo que te faz falta, te traz nostalgia e que te agonia, mas nada está  lá. O que falta é descobrir quem você é e o porquê de tanta espera para  preencher esse vazio que nem existe.
eu prometo(...)                                                                                                                               Eu prometo não te prometer nada
Nem te amar pra sempre
Nem não te trair nunca
Nem não te deixar jamais
Estou aqui, te sinto agora
Sem máscaras, nem artifícios
Enquanto for bom para os dois
Que o outro fique
Nada a te oferecer exceto eu mesma
Nada a te pedir exceto que seja
Quem tu és
Tuas coisas continuam tuas
E as minhas, minhas
Não nos mudaremos na loucura
De tornar eterno
Esse breve instante que passa
Se crescermos juntos
Ainda que em direções opostas
Saberemos nos amar como somos
E não teremos medo ou vergonha
Um do outro
Não te prendo e não permito
Que me prendas
Nenhuma corrente pode deter
O curso da vida
Quero que sejas livre como eu
Própria quero ser
Companheiros de uma viagem
Que está começando
Cada vez que nos encontramos novamente
                                                                                                        
                                                                                          Pena que não se compra caráter e  educação, personalidade não surge de forma espontânea e ideais não se  encontram em qualquer esquina. Pena para algumas pessoas que deveriam  querer ser algo além de uma cópia meio mal-feita da maioria. Além disso,  ter respeito não machuca e simpatia, até hoje, não matou ninguém.
                                                                                                         
                                                                                          Choro pelas dores do mundo, das  pessoas que não conheço e das que me são tão caras, pelos ínfimos  problemas que me parecem enormes, pela agonia dos olhares dos corações  ímpares, pela insistente busca pela aprovação até de quem não me  interessa, pelo futuro incerto; choro por essas cores quentes na  garganta e no coração que o céu coloca no pôr do sol, pela incerteza e  pelo descaso exposto no rosto de muitos, pelo reflexo da perfeição no  som do oceano, pela nostalgia da chuva… pelas dores de tudo, de todos,  do inanimado, de mim mesma. Não sou eu - o mundo é que é tão triste…
                                                                                                         
                                                                                          Posso não ser a melhor em nada, mas  tampouco sou a pior em tudo. Presa nesse meio-termo entre o que sou e o  que pretendo me tornar, insisto para que não cristalizem meus erros ou  premiem meus acertos. Só peço piedosamente que acompanhem minha lenta e  gradual metamorfose entre realidade e sonho enquanto crio asas e viro  eterna na imensa miscelânea entre luz e escuridão.
                                                                                                         
                                                                                          Isto vai para aqueles que acham que  sua beleza será eterna e os elevará na vida, para aqueles cujo coração  está enferrujado pelo ódio e pelo preconceito, para quem pensa que falar  mal dos outros é diversão, para aqueles que se consideram superiores  pelo rosto, pela bunda, pelo bolso ou pelo cérebro: 
a vida vai passar, e sua memória não durará mais que uma folha que padece no outono. Se você quer ser lembrado por bem, faça o bem - seja o bem.
                                                                                                         
                                                                                          Enquanto o medo, o cansaço, o aperto  no peito e as reviravoltas da vida não me vencerem, continuarei lutando  contra tudo que me faz mal, tudo que tenta me rebaixar, tudo que me  agonia pelo tédio, tudo que guerreia para cortar meus sonhos pela raiz.  Acima de tudo, lutarei para manter um sorriso no rosto, mesmo que muitas  vezes a vontade maior seja de deixar o mundo desabar.
                             
                                                                                          Sinto falta do seu jeito sincero, de  seus meios e inteiros sorrisos, do embalo leve de nossas tardes e de ter  seus braços ao meu redor. Vejo reflexos seus em todos os cantos, me  perseguindo em uma esquina aleatória, em um pôr-do-sol de cores pastéis  ou em um capítulo banal de um livro qualquer. Mesmo assim, nem o  incessante desejo de que esses quilômetros sucumbam a esse incomum  clichê que é o amor faz com que o tic-tac do relógio acelere e comprima o  tempo e o espaço existente entre nós dois.
 
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