Eu sou, e se não for, me farei! Você começa a precisar de outros lugares; E de outras pessoas, e de bebidas mais fortes..
As coisas tem que passar, os dias tem que mudar, os ares tem de ser novos e a vida continua, com ou sem qualquer um!
 
                         
 Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas  para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce.  Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da  insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um  pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que  seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me  perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é  tão vago como se fosse nada.
Tem um poema da Florbela Espanca que diz  assim: “As coisas vêm a seu  tempo quando vêm, essa é a verdade”. Um dia  a coisa sai. E eu acredito  no mecanismo do infinito, fazendo com que  tudo aconteça na hora exata; 
Ando com uma felicidade doida, consciente do fugaz, do frágil
Disse o mais tolo: “Felicidade não existe.”
O intelectual: “Não no sentido lato.”
O empresário:  “Desde que haja lucro.”
O operário: “Sem emprego, nem pensar!”
O cientista: “Ainda será descoberta.”
O místico: “Está escrito nas estrelas.”
O político: “Poder”
A igreja: “Sem tristeza? Impossível…. (Amém)”
   O poeta riu de todos,
E por alguns minutos…
Foi feliz!
 
                         
Como não consigo ser má, aprendi a ser irônica.
 
                         
Tenho  agradecido por estar viva e ter andado por todos os lugares onde  andei  e ter vivido tudo o que vivi e ser exatamente como eu sou.
 
                   
Tudo  o que não serve mais (sentimentos,  momentos, pessoas) eu coloquei  dentro de uma caixa e joguei fora. (Sem  apego, sem melancolia e sem  saudade). A ordem é desocupar lugares, filtrar emoções.
A reciprocidade nem sempre tem força para romper o silêncio. Porque ver é permitido, mas sentir já é perigoso!
Eu gosto das pessoas pelo prazer de gostar e não porque deu tempo de gostar delas..
 
                         Às vezes meio cegas, às vezes meio burras,  tentar acertar os passos (…) Mas como  menina-teimosa que sou, ainda  insisto em desentortar os  caminhos. Em  construir castelos sem pensar  nos ventos. Em buscar  verdades enquanto  elas tentam fugir de mim. 
A manter meu buquê de  sorrisos no rosto, sem  perder a vontade de antes. 
Porque  aprendi, que a  vida, apesar de bruta, é  meio mágica. Dá sempre pra  tirar um coelho da  cartola. E lá vou eu, nas  minhas tentativas, às  vezes meio cegas, às  vezes meio burras, tentar  acertar os passos. Sem  me preocupar se a  próxima etapa será o tombo ou o  voo. Eu sei que vou.  Insisto na  caminhada. O que não dá é pra ficar  parado. Se amanhã o  que eu sonhei  não for bem aquilo, eu tiro um  arco-íris da cartola. E  refaço. Colo.  Pinto e bordo. Porque a força de  dentro é maior. Maior  que todo mal que  existe no mundo. Maior que todos  os ventos  contrários. É maior porque é  do bem. E nisso, sim, acredito  até o fim.   
 
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